O mercado de carbono tem começado a ganhar corpo em vários países do mundo, como uma alternativa financeira para resolver problemas graves de emissão de carbono na atmosfera. Ao mesmo tempo em que, nos últimos 20 anos, dezenas de índices de investimento foram criados no sentido de profissionalizar e definir parâmetros e métricas mensuráveis para regular as práticas de sustentabilidade adotadas pelas empresas.
A questão climática é hoje um dos maiores desafios da humanidade e cada vez mais os países têm buscado acordos internacionais e soluções para evitar o aumento do aquecimento global. De acordo com o IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change , o cenário em 2050, caso a temperatura total do planeta se eleve mais de 1,5 Celsius, é de que mais de um milhão de espécies de animais e plantas poderão ser extintos do nosso planeta. Sem mencionar outros desdobramentos, como enchentes, tremores de terra, deslizamentos, ondas de calor sem precedentes, escassez de alimentos e de água e aumento de epidemias.
O mercado de créditos de carbono é autorregulado e não depende da interferência do Estado. Mas ainda pouco se sabe sobre como esse mercado tem operado. Para entender melhor as perspectivas do Brasil de se tornar uma grande liderança no cenário internacional, um dos maiores especialistas no tema, Marco Antonio Fujihara e Sérgio Fioravanti da Baker Tilly Brasil abordam questões relevantes sobre este importante mercado em estruturação.