As mudanças físicas decorrentes das mudanças climáticas são evidentes em todo o mundo, assim como os seus impactos socioeconômicos. Governos e organizações globais estão cada vez mais cientes de que os riscos associados ao clima continuarão a aumentar até que sejam alcançadas emissões líquidas zero. No entanto, para atingir a meta de descarbonizar a economia global e alcançar o carbono zero, será necessária uma transformação econômica significativa.
Desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015, os países têm intensificado suas medidas de prevenção e redução de emissões, com muitos se comprometendo a alcançar emissões líquidas zero até 2050. Isso significa que qualquer emissão adicional de carbono será compensada integralmente pelas emissões retiradas da atmosfera.
No entanto, o orçamento de carbono – o limite máximo de emissões permitidas – para manter o aquecimento global abaixo de 2°C está se esgotando rapidamente. Se essa meta crucial não for alcançada, desastres naturais mais frequentes e intensos, declínio na produtividade agrícola e aumento do nível do mar se tornarão cada vez mais comuns.
Alcançar o carbono zero requer ação urgente e decisiva, e os bancos, assim como outras instituições financeiras, podem desempenhar um papel fundamental na realocação de capital em larga escala necessária, além de gerenciar seus próprios riscos e identificar oportunidades.
Além dos bancos, outras empresas podem contribuir para a realocação de recursos financeiros para investimentos em projetos de energia renovável, tecnologias de baixa emissão de carbono e práticas sustentáveis. Elas também podem adotar medidas internas para reduzir suas próprias emissões de carbono, otimizar sua eficiência energética, promover a economia circular e adotar práticas de negócios sustentáveis.
As empresas podem investir em inovação e desenvolvimento de tecnologias mais limpas, reduzir suas próprias emissões de gases de efeito estufa e adotar estratégias de negócios sustentáveis para contribuir para a descarbonização da economia global. Além disso, as empresas podem integrar a consideração dos riscos climáticos em suas operações e tomada de decisões financeiras, bem como divulgar informações transparentes sobre suas práticas de sustentabilidade e progresso na redução de emissões.
É essencial adotar uma abordagem colaborativa e integrada entre governos, organizações e bancos, reconhecendo que a descarbonização exigirá uma transformação econômica significativa. Isso inclui a realocação de capital em grande escala para investimentos em ativos físicos de baixa emissão e infraestrutura facilitadora, como geração de energia eólica e solar.
A tendência global é aumentar o foco na sustentabilidade e na redução das emissões de carbono, com uma crescente conscientização sobre os riscos físicos e de transição das mudanças climáticas. Governos e reguladores estão implementando políticas e regulamentações mais rigorosas para incentivar a descarbonização e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Um dos principais desafios para alcançar o carbono zero é o custo financeiro associado à transição para uma economia de baixo carbono. A estimativa de US$ 9,2 trilhões em gastos médios anuais em ativos físicos até 2050, conforme estudo das consultoras McKinsey Sustainability e Moody's Analytics, representa um desafio
significativo para a realocação de capital necessário. Além disso, a falta de consenso global e a resistência à mudança também podem dificultar a implementação de medidas de descarbonização.
É importante que bancos e outras instituições financeiras incorporem a análise de riscos climáticos em seus processos de negócios e tomadas de decisão. Modelagem de riscos físicos e de transição, como a oferecida pela McKinsey Sustainability e pela Moody's Analytics, pode ajudar a quantificar o impacto financeiro desses riscos e permitir uma gestão mais informada de carteiras de crédito e investimentos. Além disso, a colaboração entre governos, organizações e bancos é fundamental para desenvolver soluções abrangentes e integradas para enfrentar os desafios da descarbonização.
A Baker Tilly acredita que para alcançar o carbono zero é necessário adotar uma abordagem colaborativa, estar ciente das tendências globais, enfrentar os desafios financeiros e de resistência à mudança e usar soluções baseadas em análise de riscos para orientar a tomada de decisões e a gestão de investimentos e créditos.
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